quarta-feira, 22 de julho de 2009

Angra

Angra é uma banda de metal progressivo e power metal brasileira, formada na cidade de São Paulo em 1991.
História

A banda foi formada por Antônio "Toninho" Pirani, então proprietário da revista Rock Brigade e do selo Rock Brigade Records por volta de 1991, no auge do estilo metal melódico. Toninho convocou músicos com potencial e outros velhos conhecidos como o vocalista Andre Matos, com quem já havia trabalhado nos tempos de Viper como empresário. Os músicos Kiko Loureiro (guitarra), Rafael Bittencourt (guitarra), Luís Mariutti (baixo), e Marco Antunes (bateria) completaram o time. A idéia era aproveitar a onda do power metal (ou metal melódico como o gênero ficou conhecido no Brasil) que estava bastante popular na Europa, Japão e no Brasil graças a nomes como Helloween e Gamma Ray, porém com uma identidade e influências brasileiras.
O nome significa deusa do fogo na mitologia tupiniquim, além de significar uma pequena enseada ou baía usada como porto natural. Além disso, também foi escolhido por parecer com o adjetivo em inglês angry, que significa "raivoso".
O quinteto ensaiou praticamente por um ano para lançar sua primeira demo tape, intitulada Reaching Horizons em 1992. No ano seguinte, ainda desconhecidos do grande público, o Angra viajou para a Europa para gravar seu primeiro LP, Angels Cry. Considerado por muitos o melhor álbum da banda, Angels Cry obteve ótima repercussão tanto no Brasil como no exterior (principalmente no Japão, onde a banda alcançou uma marca de mais de 100 mil cópias vendidas), graças à inteligente mistura de heavy metal e música clássica, sonoridade que marcou o estilo da banda.[1][2] Pouco antes das gravações do álbum, Marco Antunes deixou a banda, o que fez com que a bateria fosse gravada por Alex Holzwarth. Em seguida, Ricardo Confessori assumiu as baquetas do Angra.[3]
Depois de passar o ano de 1994 excursionando pelo Brasil, o Angra iniciou as gravações de seu novo álbum CD em 1995. Holy Land, lançado em 1996, é o disco que trouxe à tona diversas influências brasileiras, sem, no entanto, deixar de lado o peso e a técnica do heavy metal. Isso valeu à banda ainda maior reconhecimento internacional, culminando em shows por diversos países europeus, como Itália, França e Grécia, além de proporcionar ao grupo mais um disco de ouro (100 mil cópias) no Japão. No início do ano seguinte, a banda faria sua primeira turnê pelo Japão, um dos países no qual são mais populares.[1] Como conseqüência de tantos shows bem sucedidos, foi lançado em 1997 o EP Holy Live, com quatro faixas ao vivo gravadas em Paris. A banda teve o videoclipe da canção "Make Believe" indicado para o MTV Video Music Awards de 1997, acabando como um dos mais votados.[4]
O ano de 1998 marcou o início de mais uma produção do Angra. Com Chris Tsangarides na produção (que trabalhou, entre outros, com Helloween e Judas Priest),[5] a banda antecipou seu próximo álbum com o single de três canções Lisbon, lançado em julho daquele ano. O álbum completo, intitulado Fireworks foi lançado em setembro do mesmo ano, mostrando a banda menos voltada para os ritmos brasileiros e mais dedicada ao heavy metal. Durante a turnê do álbum, os problemas de relacionamento com o empresário Antônio Pirani se agravaram, resultando em conflitos internos.
Mesmo fazendo muito sucesso (os 3 primeiros álbuns do Angra superaram a marca de 1 milhão de cópias vendidas) os problemas fizeram com que a banda se separasse em 1999.

Reformulação

Após diversos desentendimentos com Pirani, Andre, Ricardo e Luís saíram da banda em 1999 e no início de 2001, uma nova formação era anunciada com Aquiles Priester (bateria), Edu Falaschi (vocal) e Felipe Andreoli (baixo).[6] A seleção dos novos músicos envolveu critérios rigorosos, sendo que os novos integrantes foram escolhidos em função de suas experiências anteriores, da técnica apurada e do perfeito entendimento musical e pessoal que surgiu logo após os primeiros ensaios.
Assim, após muita expectativa, o Angra voltou às atividades no ano de 2001 com o lançamento mundial do disco Rebirth no mês de outubro. O nome do álbum, que significa renascimento em português, remete à nova fase vivida pela banda a partir do primeiro semestre daquele ano e foi gravado no Brasil e na Alemanha pelo renomado produtor Dennis Ward.[7]
O quinteto ingressou num intenso processo de divulgação do disco, realizando em várias capitais brasileiras (quebrando recordes de público em quase todas elas) e na América do Sul, culminando com um show na casa Via Funchal, na cidade de São Paulo, em 15 de dezembro. A apresentação do quinteto foi cercada de uma cuidadosa produção, com vários detalhes como efeitos pirotécnicos e iluminação requintada, que surpreenderam a platéia. Nesse mesmo show, diante de um público que praticamente lotou as dependências da casa, o Angra recebeu Disco de Ouro por ter alcançado vendas superiores a 50 mil cópias no Brasil, já que se trata de artista considerado internacional pelo mercado fonográfico. Em menos de dois meses, Rebirth já havia atingido o expressivo número de 100 mil cópias vendidas em todo o mundo.[8]
Em janeiro a banda voltou ao estúdio, novamente sob o comando de Dennis Ward, para gravar o mini-álbum Hunters And Prey e a canção Kashmir para um tributo ao Led Zeppelin. O álbum trazia algumas faixas novas, além de versões acústicas das canções Rebirth e Heroes of Sand. Trazia também um cover de Genesis, com a canção Mama.[9] Logo após as gravações, a banda ainda participou de um show ao ar livre em comemoração ao aniversário da cidade de São Paulo, no dia 25 de janeiro, realizado no Center Norte, contando com um público de cerca de 12 mil pessoas.
Depois de participar de inúmeros programas de rádio e de TV (com destaque para uma aparição no Altas Horas, da Rede Globo, e Musikaos, da TV Cultura), o Angra finalizou a edição do primeiro vídeo clipe do disco Rebirth.[10] A canção escolhida foi a faixa título, e tem como base as imagens gravadas no show acima citado, realizado em São Paulo.
O Angra via o surgimento dos resultados de todo esse trabalho ao ser aclamado por praticamente toda a imprensa especializada do Brasil nas tradicionais votações dos leitores de “Melhores de 2001”, além de receber considerável votação também dos leitores da imprensa internacional, especialmente no Japão, naquela que é considerada uma das maiores publicações do gênero de todo o mundo, a revista Burrn!.

Turnê pela Europa

Em março do mesmo ano a banda embarcou para mais uma turnê pela Europa. Foram 18 apresentações em sete países: Itália, Alemanha, França, Espanha, Holanda, Bélgica e Suíça, sempre contando com o Silent Force como banda de abertura.[11] Como saldo, aconteceu uma repetição do que já havia ocorrido na América Latina, ou seja, uma repercussão altamente positiva. Os novos integrantes foram muito bem recebidos pelo público europeu e mostraram entrosamento invejável em cena. Por tudo isso, o Angra realçou sua posição de destaque no continente europeu.
De volta ao Brasil, no início de abril foi retomada a turnê sul-americana, com três grandiosos shows no interior de São Paulo que totalizaram público de cerca de 5 mil pessoas. Em paralelo, novos produtos com a marca Angra chegaram ao mercado. Um deles é o songbook de Rebirth, com as partituras e tablaturas para guitarra de todas as canções do disco. O livro, de 116 páginas, traz ainda um glossário explicando as principais figuras utilizadas nas tablaturas, facilitando sua utilização por músicos ainda pouco familiarizados com essa simbologia. Também foi lançada, em edição limitada produzida pelo fã-clube do Angra, uma fita VHS com cerca de 80 minutos de duração trazendo o show que a banda realizou no Rio de Janeiro e cenas extraídas dos arquivos pessoais dos músicos da banda.
Em maio foi lançado o EP Hunters and Prey, que, a exemplo de Rebirth, tem arte de capa assinada pela artista plástica portuguesa Isabel de Amorim. O disco conta com oito canções e mais uma faixa interativa, com o clipe da canção Rebirth. Dentre as canções, encontram-se novas composições, versões acústicas, um cover para a canção Mama, do Genesis, e uma versão da canção Hunters And Prey com letra em português, que recebeu o título Caça e Caçador.
Antes de embarcar para mais uma empreitada internacional, a banda gravou uma versão heavy metal e um clipe da canção Pra Frente Brasil. O vídeo foi exibido pelo canal esportivo SporTV durante a Copa do Mundo de 2002 e continua sendo veiculado no canal Multishow.
Em junho a banda esteve mais uma vez no Japão, onde fez cinco apresentações nas cidades de Nagóia, Tóquio, Osaka e Hiroshima, entre os dias 19 e 24. Os shows, ocorridos na mesma época da campanha vitoriosa da seleção brasileira na Copa do Mundo, obtiveram enorme sucesso junto ao público. No dia 14, o Angra foi a primeira banda de heavy metal sul-americana a se apresentar em Taiwan, em um show inesquecível na cidade de Taipé.

Divulgação na mídia

Toda essa repercussão refletiu no Brasil, onde o Angra teve grande exposição na mídia. Várias rádios, como 89FM e Brasil 2000 (São Paulo), FM98 (Belo Horizonte), Cidade (Rio de Janeiro) e Cidade e Transamérica (Recife), incluíram canções do quinteto em sua programação. Também na TV o grupo teve ampla exposição, como nos programas Zapping Zone (Disney Channel, do qual participou duas vezes), Pirata Urbano (AllTV, no qual o bateu recorde de audiência do programa e ganhou uma reprise na semana seguinte), Programa do Jô (Rede Globo) e uma nova participação no Altas Horas (Rede Globo).[10]
No segundo semestre, o Angra participou com destaque em dois dos principais festivais de verão europeus. O grupo tocou no dia 27 de julho no Rock Machine, na Espanha, e no dia 2 de agosto no tradicional Wacken Open Air na Alemanha, em apresentações consagradoras.[12] Na volta, a banda prosseguiu em sua maratona de shows, se apresentando em diversas cidades brasileiras e visitando outros países sul-americanos como Equador e Colômbia. Em novembro quebraram mais uma barreira ao finalmente se apresentar pela primeira vez nos Estados Unidos e no Canadá.
Com um show para cerca de 7 mil pessoas no Credicard Hall em dezembro de 2002, o grupo promoveu o lançamento do CD ao vivo e do DVD Rebirth World Tour Live In São Paulo, coroando o encerramento da turnê mundial, que totalizou mais de 100 shows realizados no Brasil, América Latina, América do Norte, Europa e Ásia. O resultado de todo esse trabalho refletiu-se nas vendas: a primeira tiragem do CD, em embalagem Digipak, teve suas 15 mil cópias totalmente vendidas, assim como a primeira edição do DVD, com 10 mil cópias, que também esgotou-se rapidamente e alcançou a marca de terceiro DVD mais vendido do Brasil através do site Som Livre.
Fizeram parte do fecho da turnê mundial três grandes festivais de verão europeus, Viña Rock (Espanha, em 3 de maio),[10] Sweden Rock (Suécia, em 7 de junho)[13] e Gods Of Metal (Itália, em 8 de junho),[14] nos quais a banda teve oportunidade de mostrar sua apresentação para dezenas de milhares de fãs. Na Espanha, eles se apresentaram em um festival aberto a diversos estilos musicais, atraindo assim a atenção de um público muito mais eclético. Já o festival sueco é considerado um dos maiores e mais bem organizados do mundo, apresentando desde novos e velhos talentos do cenário do rock pesado. O festival italiano, como o nome diz, sempre apresenta os principais nome do heavy metal mundial.[15] Finalizando a turnê, o Angra foi a atração principal do Festival Pop Rock, considerado o maior evento do gênero no Brasil, realizado em 9 de agosto em Belo Horizonte. A banda foi a mais votada para participar do festival em escolha promovida junto aos ouvintes da FM 98 daquela cidade.

Temple of Shadows

Em 2004 foi lançado Temple of Shadows, um álbum conceitual que narra a saga de um cavaleiro das Cruzadas conhecido como The Shadow Hunter, e que se passa no final do século XI. O encarte que acompanha o disco chama a atenção logo no primeiro momento. Além da complexa arte, assinada novamente por Isabel de Amorim, ele possui formatação de livro, narrando a história por trás das letras. Antes de cada letra de canção há pelo menos um parágrafo explicando a situação ou os fatos que se passam em cada canção. Dennis Ward foi novamente chamado para gravar, produzir e mixar este álbum.[16]
Mais uma vez, houve a preocupação em inserir elementos da canção brasileira no som da banda. Há, inclusive, uma faixa com partes cantadas em português, na voz do cantor Milton Nascimento. Além dele, outros convidados especiais que participaram do projeto incluem os vocalistas Kai Hansen (Gamma Ray e ex-Helloween), Hansi Kürsch (Blind Guardian), Sabine Edelsbacher (Edenbridge); o percussionista Douglas Las Casas, a pianista Sílvia Góes, um quarteto de cordas para as partes orquestradas e o violoncelista Yaniel Matos.
A banda foi a vencedora de diversas votações dos Melhores de 2004 realizadas junto aos leitores das principais revistas especializadas do Brasil, como Rock Brigade, Roadie Crew, Valhalla, Disconnected e do exterior, como as japonesas Burrn! e Young Guitar. Isso também se deve ao fato de o álbum ter alcançado ótimas vendagens, sobretudo no japão, onde o álbum atingiu menos de 20 mil cópias em uma semana, e também no Brasil (50 mil cópias). A vendagem total do álbum ultrapassou as 200 mil cópias e garantiu mais de 50 prêmios para a banda.[17]
No ano de 2005, dezenas de shows foram feitos pelo mundo (acrescentados aos do ano anterior, que fizeram com que a Temple of Shadows Tour tivesse mais de 100 concertos realizados),[2] inclusive com a abertura do Nightwish no Japão.[18] Nesse mesmo período, enquanto a banda continuava fazendo shows a todo o vapor, muito se falava de uma suposta briga entre seus integrantes e uma possível separação.

Aurora Consurgens

Após meses de espera e cerca de quase 5 milhões de álbuns vendidos ao redor do mundo, e também após especulações sobre um DVD, é lançado em novembro de 2006, o álbum Aurora Consurgens caracterizado por ser uma comemoração dos 15 anos da banda e possuir elementos de todos os seus discos anteriormente lançados (coisa que se refletiu na turnê). Baseado no livro homônimo, o álbum possui mais uma vez a capa feita pela portuguesa Isabel de Amorim e aborda uma temática mais voltada aos distúrbios mentais e psicológicos, mas é considerado pelos fãs, o disco mais fraco do Angra.

Segunda crise

Além da baixa repercussão do Aurora Consurgens, brigas internas e discussões com o empresário Toninho Pirani, levaram novamente o Angra às manchetes dos principais órgãos de imprensa roqueiros.[19]
Para piorar a situação, Pirani também se envolveu em diversos problemas (inclusive legais) que culminaram na reformulação total da revista Rock Brigade com redução drástica na tiragem e a troca de diversos colaboradores "das antigas", que também participavam diretamente de atividades envolvendo o Angra.[20] Entre estes colaboradores, a banda perdeu seu assessor de imprensa, Antônio Carlos Monteiro (conhecido como ACM), que deixou a redação da Brigade e passou a escrever para a revista concorrente, Roadie Crew.
Antônio Carlos Monteiro foi o pivô de várias discussões sobre ética jornalística ao longo dos anos já que trabalhava com a banda, mas também era responsável pelas resenhas de CDs e shows do grupo nas páginas da Brigade.
Com sérios problemas financeiros, brigas internas e sem perspectivas de novos horizontes, o Angra encarava a mesma crise vivida na época de Andre Matos & cia. Tudo indica para a troca de seu empresariamento após mais de 15 anos de parceria entre Pirani, que detém os direitos do nome "Angra", e a banda.[21] Especulações também dão conta que mais uma vez teremos uma troca de formação, possivelmente com a saída do baterista Aquiles Priester[22] após declarações bastante polêmicas ao longo de 2007 e 2008.[23]

Retorno

Em recentes entrevistas, Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro afirmaram que o Angra estaria de volta entre abril e maio de 2009, com uma turnê para marcar o recomeço das atividades da banda.[24][25] O guitarrista também disse que 2009 reserva um possível novo álbum de estúdio.
Em 2009 o site da banda parecia estar em construção, afirmando uma possível volta, estampando como título do site a frase em inglês: "Bring the sunrise again...", que em português quer dizer: "Traga o nascer do sol novamente...", um verso da canção "Nova Era". Após longos dias de espera, a banda confirmou uma série de apresentações nas principais casas de shows do país, trazendo novamente Ricardo Confessori na bateria.[26]
Em 12 de março de 2009 o site da banda passou a informar que o Angra faria uma turnê em conjunto com a banda Sepultura. A turnê passaria pelo Brasil no mês de maio pelas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e Governador Valadares.[27] O site apareceu com o título Look Who's Back (em português, Olhe quem está de volta) e com a chamada Back To Life (De volta à vida - também um verso de "Nova Era") indicando que a banda realmente retornaria à ativa.[28]

Integrantes

Kiko Loureiro - Guitarra (1991 - atualmente)
Rafael Bittencourt - Guitarra (1991 - atualmente)
Edu Falaschi - Vocal (2000 - atualmente)
Felipe Andreoli - Baixo (2000 - atualmente)
Ricardo Confessori - Bateria (1994-1999;2009 - atualmente)
Membros Anteriores
Andre Matos - Vocal/Teclados (1991-1999)
Luís Mariutti - Baixo (1991-1999)
Marco Antunes - Bateria (1991-1992)
Andre Hernandes - Guitarra (1991-1991)
Alex Holzwarth - Bateria (convidado para a gravação do disco Angels Cry)
Aquiles Priester - Bateria (2000-2008)
Integrantes do Angra ao longo do tempo
Membros Convidados
Milton Nascimento - Vocal
Hansi Kürsch - Vocal
Sabine Edelsbacher - Vocal
Kai Hansen - Vocal & Guitarra
Dirk Schlächter - Guitarra
Sascha Paeth - Guitarra
Alex Holzwarth - Bateria
Thomas Nack - Bateria
Leck Filho - Teclados
Fabio Ribeiro - Teclados
Günter Werno - Teclados
Fabio Laguna - Teclados[29]
Daniel dos Santos - Teclados


Abaixo, trabalhos da banda até 1998...
Estarei disponibilizando os outros em breve.

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Rockxigênio

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