Too fast to live, too young to die.
By luizteddyOutro cara que merece um capítulo a parte e faço questão de escrever com muito carinho e estremo pesar é o Juvenal Roberto Martins, mais conhecido como Ló.
Foi o maior parceiro e amigo de toda a história do Eddy Teddy. Se eu pudesse criar um título para falar sobre este cara, seria algo como Too fast to live, too young to die, pelo seu estilo de vida Rocker.
São tantas histórias, tantos acontecimentos que eu não sei nem por onde começar, por isso resolvi apenas reforçar a importância de caras como este que se dedicaram ativamente a esta cena musical que vamos contar no DVD.
Certamente a família Martins e a minha família, poderiam ser uma só pela tamanha proximidade que temos, um laço que começou muito antes da minha existência. Eddy e o Ló aprenderam a tocar juntos e fundaram suas primeiras bandas ainda na época do colégio (conforme posts anteriores) e continuaram montando bandas até o final de suas vidas, sendo a última o Rockterapia.
Era muito legal a época em que éramos vizinhos e os ensaios rolavam num quartinho de madeira construído no fundo do quintal que tinha na casa deles, um quartinho forrado até o teto de fotos de mulheres peladas, imaginem só isso para a molecada. Coincidentemente foi o primeiro lugar onde ensaiei com minha primeira banda, junto com seus dois filhos.
Nessa época a banda que o Eddy e o Ló tocavam era o Satisfaction , formada também pelo Reinaldo e o Vicentão, grandes figuras que teremos o prazer de entrevistar para o documentário para tentar retratar um pouco desta época.
Enquanto ensaiavam, a molecada brincava no quintal e ao mesmo tempo já recebiam uma carga de sons que até hoje quando escuto as músicas que tocavam me emociono muito.
- Satisfaction
Até hoje a aproximação que temos com os seus filhos é muito presente, sou o padrinho do Caio que é o filho do Deni e isso me deixou mais orgulhoso ainda, sem contar que seus pais ( Ló e a Eliane) são padrinhos do meu irmão Neno.
Tudo aquilo que aprendíamos com nossos pais aplicamos nas nossas vidas, montamos nossas primeiras bandas, nossos primeiros programas de rádio, bolamos nossas primeiras festas, os primeiros porres e até hoje nos reunimos no final de semana para seções nostálgicas de rock & roll.
Dentre as bandas que tive com seus filhos (Deni e o Eric) foram: Os Cadillacs, Sleep Walkers, Boogien Blues e ainda o Deni participou no início do Krents e do revival do Rockterapia comigo.
Viajávamos freqüentemente para Juquiratiba interior de São Paulo, onde eles tinham uma Chácara, quantas histórias rolaram por lá…
O Ló era um daqueles baixistas com um feeling indescritível, com uma harmonia vocal perfeita.
Um amante de 60´s, principalmente das bandas britânicas, um fanático por carros antigos que infelizmente teve sua vida interrompida no ano de 93, ano e data que jamais vou esquecer, porque faleceu no dia do meu aniversário, 15 de novembro.
Me lembro com se fosse hoje quando tocou o telefone e recebemos a notícia. Meu pai e o Zeca(Tio dos moleques), correram Mogi para tentar resolver as coisas.
Sua morte foi algo que mexeu muito com meu pai e com todos nós, mas era como muito já imaginavam, De carro e sozinho. Ficou um vazio dentro da gente e a certeza da falta que ele fará para sempre para a família, para os amigos e para a música.
Perdemos um grande amigo num ano que era para ser um dos melhores, afinal o Krents estreiou no Clube das Bandeiras, veio ao Brasil o Little Richard, Chuck Berry, Jerry Lee Lewis e Paul McCartney….Jamais me esquecerei do ano de 93.
2 comentários:
Valeu por diculgar o Blog e o documentário sobre o Eddy Teddy
Alô Luiz...
Estamos aí para isso mesmo.
Vamos divulgar o rock com força, ainda mais sendo figura histórica do rock nacional...
Abração...
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