quinta-feira, 17 de abril de 2008

STRESS - De Belém Para o Mundo











1. Heavy Metal
2. Não Desista
3. Mate o Réu
4. Flor Atômica
5. Esperando o Messias
6. Forças do Mal
7. Inferno Nuclear
8. Sodoma e Gomorra
9. Tributo ao Prazer 10. Jennie

De Belém (PA), foi a primeira banda brasileira de heavy metal a lançar um LP, auto-intitulado, em 1982. O grupo foi contratado pela multinacional Polygram, que em 1986 lançou Flor Atômica.

Extraído do Cogumelomoonpoprock

"Sim, Eu tava lá, n'aquele show inesquecivel no Teatro Valdemar Henrique !!! "
Os primeiros encontros aconteceram no início de 1975, quando colegas de escola perceberam que tinham algo em comum, o rock. Num momento em que ser roqueiro, além de ser uma raridade , era sinônimo de rebeldia. Numa cidade em que predominavam os modismos impostos pela mídia nacional; contra todas as tendências culturais de uma cidade ainda provinciana como Belém, surgia o embrião da primeira banda de heavy metal do Brasil: Stress.No início, ainda sem nome definitivo, era chamada de Pingo D'água devido ao formato do bumbo da antiga bateria "Pingüim", o repertório era composto por covers de bandas como: Rolling Stones, Nazareth, Sweet, Led Zeppelin, E. L. and Palmer, Black Sabbath, Deep Purple e outras bandas do gênero. A formação da época já contava com André Chamon (bateria), Leonardo Renda (teclado), Roosevelt Bala (vocal), Wilson Mota (guitarra) e Paulo Lima (baixo), todos na faixa dos 14/15 anos de idade.As primeiras apresentações aconteceram no ano seguinte, quase sempre em festas de aniversário e festivais escolares, pois tudo não passava de pura diversão. No final de 1976 entrava para a banda o guitarrista Pedro Valente, Wilson assumiu o baixo com a saída de Paulo Lima. Considerado um músico extraordinário, Pedro abriu novos horizontes para o grupo que deixaria de ser uma mera banda de festinhas para se aventurar em vôos solo.O primeiro show oficial da banda foi em 1977, já então definitivamente batizada como Stress, por sugestão do Pedro. A partir de então a banda começou a conquistar uma legião de fãs e admiradores que até então, não tinham nenhuma alternativa para ouvir aquele tipo de música, a não ser através dos discos que chegavam com atraso de anos (se chegassem) ás lojas de Belém. Os shows da banda se tornaram reuniões memoráveis de "roqueiros", esse era o termo que, este era termo que a partir dai trocavam informações, discos, firmaram amizades que duram até os dias de hoje e passaram a acreditar que era possível o surgimento de um movimento musical forte, como é hoje o rock paraense. Com todo o apoio desse movimento emergente, onde ajudavam na venda de ingressos, afixação de cartazes e faixas, confecção de camisetas, os shows da banda começaram a acontecer em lugares cada vês maiores.Em 1978 começaram as primeiras composições, com as letras em inglês, com algumas influências de bandas como: Judas Priest, Saxon e Foghat, porém a pedido dos fãs que queriam entender as letras, as músicas que já estavam prontas re-feitas em português, e as demais composições seriam em português originalmente.Em 1979 os membros do Stress entram para a faculdade e os shows ficam menos freqüentes, porém cada vez mais bem produzidos e em grandes locais. A essa altura, em Belém, o movimento já contava com algumas bandas tentando seu espaço, inspirados no Stress, viram que era possível fazer um som de qualidade, mesmo numa região do planeta onde a tradição musical era fortemente dominada pela música regional.
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(1982) Stress ( Remaster )
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(1985) Flôr Atômica
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Mais sobre o STRESS:
Por: Thiago Viana
2008, ANO DE STRESS

A primeira banda de Heavy Metal do Brasil volta à cena com festival no Waldemar Henrique.
O Stress começou uma história digna de um épico ainda quando o próprio jornalista redator deste texto nem sonhava em vir ao mundo. Referendada pelo Brasil inteiro como a primeira banda de Heavy Metal do país, mesmo ainda quando o Brasil nem sabia ao certo o que era Heavy Metal, o Stress começa suas atividades oficialmente em 1978, mas desde 74 ela vinha sido rascunhada a partir do momento em que Wilson Mota e Pedro Lobão percebem que o rock era fator comum entre eles.Nessa época o Brasil revelava nomes como Os Mutantes e Raul Seixas enquanto os dois amigos reuniam os violões na tentativa de tirar covers de Black Sabbath e Led Zeppelin, o que isso poderia suscitar? A vontade de formar uma banda, é claro. Wilson fica sabendo então que na sua sala de aula tinha um garoto que possuía uma guitarra e logo André Chamon é convidado a integrar a banda, que por sua vez traz consigo um amigo que estudava piano, Leonardo Renda, e decide ser o baterista da banda. Logo, a guitarra passa para Wilson, Leonardo assume os teclados e Pedro fica com a outra guitarra. Para o baixo foi chamado Paulo Lima, um amigo em comum dos garotos com uma média de idade em 15 anos. Estava formada a banda Pingo D´Água. O nome fazia referência ao formato de uma lágrima estampada no bumbo da antiga bateria da marca Pingüim.

"PESSOAL, ESSE É O 'BALA', O NOVO VOCALISTA DA BANDA"
Um ano depois Pedro Lobão muda-se para o Rio de Janeiro abandonado os vocais que são assumidos provisoriamente por Wilson que começa a estudar na Escola Técnica Federal do Pará onde conhece Roosevelt Cavalcante (ufa!). Ao menor indício da inclinação do gosto musical de Roosevelt para o rock, este foi logo convidado a assistir a um ensaio da Pingo D´Água. "Pessoal, esse é o 'Bala', o novo vocalista da banda", assim Roosevelt foi apresentado por Wilson ao resto da banda. "Ainda lembro que o Wilson me pediu para cantar uma música do Nazareth - logo de quem! -, me perguntando se aquele tom estava bom. E eu tinha alguma idéia de o que era tom? (risos). Cantei muito timidamente, afinal era minha primeira vez. Quando terminei percebi que a galera tinha gostado. Experimentamos outras músicas e acho que me saí bem. Acabei pegando gosto pela coisa e não faltei mais aos ensaios e virei vocalista do dia para a noite", relembra Roosevelt "Bala" que recebeu este apelido graças à sua grande velocidade nas competições estaduais de remo. As apresentações com a nova formação da banda começaram somente em 1976 geralmente em festas de aniversário e comemorações do tipo. Passaram ainda pela banda Pedro Valente, Carlos Reimão, Alex Magnun, J.Bosco, Rick e Christian que saiu da banda e logo depois foi convidado a tocar no Faith no More. Hoje a banda é composta por André Chamon (Bateria). Paulo Gui (Guitarra). Roosevelt Bala (Voz e Baixo).Ainda em 76 os caras acharam que a banda deveria ter um nome definitivo e, como sempre, muitos nomes foram sugeridos. A banda chegou a se apresentar uma vez com o nome de Elektra, mas logo depois adotaram o Stress, sugestão de Pedro Valente. "Era uma palavra nova para todos nós, mas quando Pedro nos explicou o significado achamos que tinha tudo a ver com o nosso som. Isso sem contar que a grafia e a sonoridade são excelentes. Sem dúvida, é um nome perfeito para uma banda de Rock", destaca Roosevelt. O primeiro show oficial como Stress, intitulado "Uma escada para o Céu", ocorreu a 10 de outubro 1977, no teatro São Cristóvão. Os primeiros shows tinham nomes alusivos a músicas consagradas como "Paranóia" (Paranoid, Black Sabbath), "Black Night" (Black Night, Deep Purple), entre outras.
“QUANDO APRESENTAMOS AS MÚSICAS, A MAIORIA PERGUNTOU DO QUE TRATAVAM AS LETRAS.”

Não é difícil entender porque o Stress fez tanto sucesso naquela época, a banda tocava covers de músicas de difícil acesso, a Amazônia recebia os vinis com anos de atraso e o Stress conseguia esse material quase quem em tempo real com as constantes viagens de Leonardo Renda aos Estados Unidos e à Europa. Em 78 decidiram compor suas próprias músicas influenciados por Judas Priest, Saxon e Foghat mas só em 79 eles apresentaram pela primeira vez Go To Hell e Stressencefalodrama, composições na idioma inglês - "Havia uma grande expectativa por parte dos fãs com relação à linha de composição que a banda adotaria. Quando apresentamos as duas músicas, nosso grande número de seguidores presentes ficaram impressionados com o som que ouviram. Entretanto, a maioria deles perguntou do que tratavam as letras. Foi nesse dia que resolvemos que as letras das nossas músicas seriam em português", explica Roosevelt.

“A GRAVAÇÃO FOI UMA CORRERIA, TUDO FOI CONCLUÍDO EM DOIS DIAS - 3 E 4 DE AGOSTO DE 1982, EM APENAS DEZESSEIS HORAS DE ESTÚDIO.”
Em agosto de 82 o Stress aventurou-se na gravação de seu primeiro álbum, a viagem foi para o Rio de Janeiro onde a banda achou que conseguiria melhores condições e equipamentos para registrar o “som pesado” que eles dispunham. A viagem rodoviária durou três dias, se alojaram em um quarto só e quando chegaram ao estúdio encontraram apenas uma bateria desmontada que dificilmente ficaria em pé – “Eles tinham dito por telefone que não precisaríamos levar nada na viagem, pois forneceriam tudo. Só que depois ficamos sabendo que cada item do 'tudo' teria um custo adicional. A gravação foi uma correria, tudo foi concluído em dois dias - 3 e 4 de agosto de 1982, em apenas dezesseis horas de estúdio.” – conta Roosevelt.

Segundo a banda, o resultado da gravação foi uma frustração só, o som não tinha peso, era tosco e em nada se parecia com aquilo que estavam acostumados a ouvir nos discos de bandas estrangeiras. Não havia dinheiro pra tentar consertar, mas os caras queriam guardar aquilo como registro. Esperaram uma rápida ausência do técnico e roubaram a fita do estúdio desaparecendo pelo Rio de Janeiro em seguida. Pensaram muito no que fazer com aquilo tamanho era o desapontamento e resolveram lançar apenas mil cópias. Conseguiram uma grana para prensagem e um patrocínio da Pepsi que imprimiu sua logomarca na contracapa do disco. O primeiro álbum de Heavy metal do Brasil foi intitulado “Stress” passou com dificuldade pela censura e foi lançado em novembro de 82 em Belém com um show pra 20 mil pessoas no Estádio Leônidas Castro, do Paysandu Sport Club.O segundo disco - O segundo disco, “Flor Atômica”, já saiu depois que a banda assinou com a Polygram em 85 e mesmo assim a gravação não ficou imune a problemas, o maior deles veio na hora de lançar o material - "Depois disso, ao escutar o disco recém chegado da fábrica notou-se que a faixa “Forças do Mal” estava sem o vocal. Houve um erro do técnico de edição que selecionou a versão sem voz ao invés da versão correta. Tivemos uma reunião com o produtor, João Augusto (hoje presidente da Warner), que disse não haver outra solução a não ser lançar daquele jeito mesmo, pois cinco mil cópias estavam prensadas e não poderiam ser desperdiçadas, mas que numa futura prensagem o problema seria solucionado. Resmunguei e esperneei bastante. Até que João disse que se não saísse daquela forma não sairia mais. Aí tive de calar o bico", - lembra Roosevelt.

Gravação do DVDA banda se apresentou algumas vezes durante o circuito áureo do Circo Voador, já obrigou o Cazuza (em início de carreira solo) interromper um show antes do fim em Minas Gerais tão grande era a expectativa do público para assistir ao show dos paraenses. O Stress já foi convidado a tocar em um programa da Rede Globo, mas por uma rescisão de contrato a apresentação acabou não rolando. Depois de algum tempo as gravadoras, rádios FM e programas de TV resolveram dar preferência às bandas com um rock mais “light”, sem distorções, com letras e sonoridades mais simples. Para produzir o terceiro disco da banda, a Polygram sugeriu que o Stress “aliviasse” seu som e entrasse em uma linha mais “comercial”. Não se curvando às exigências por respeito ao público e a já conhecida história que tinham construído o Stress deixa a gravadora e é claro que isso refletiu nos convites para festivais, e outros shows que foram ficando cada vez menores e pouco a pouco, o Stress foi entrando em um recesso induzido.Em 1995, a atual formação se reuniu em Belém e decidiu gravar um CD experimental que recebeu o nome de Stress III. Teve uma tiragem de apenas 500 cópias, uma raridade. Relançaram em CD o primeiro álbum e por essa ocasião resolveram voltar aos palcos, isso aconteceu pra valer em maio de 2005 em Belém, para um público de mais de 3 mil pessoas que lotaram o Memorial dos Povos. Empolgados e emocionados com a repercussão a banda se apresentou novamente no Teatro Estação Gasômetro onde gravaram um DVD com um público de 400 pessoas, capacidade do teatro. O DVD foi gravado “num tapa”, seguindo o andamento do show, sem paradas para ajustes ou repetições.No Stress Fest Rock que rola nesse final de semana (11, 12 e 13 de Janeiro) a banda lança esse DVD ao mesmo tempo em que comemora 30 anos e promete um ano cheio de muito Stress para os amantes fiéis ao Heavy Metal.*Baseado no texto de Ricardo Batalha









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